segunda-feira, 1 de julho de 2013

Manifestações populares mostram insatisfação com os últimos anos de governo em Rio das Ostras.

Dívida de mais de um Bilhão de reais, criação de secretarias, incorporações salariais, falta de investimento em saúde, educação,segurança e o Crescimento do monopólio de empresas de transporte público na região são algumas das insatisfações da população de Rio das Ostras. 




As manifestações populares que envolveram milhões de brasileiros em centenas de cidades do país chegaram também em Rio das Ostras. Milhares de pessoas, a maioria esmagadora de jovens estudantes, saíram às ruas da cidade na última semana, para expressar a indignação com a política em nível nacional e também com os últimos anos de irresponsabilidade da política local.
A falta de respeito com o dinheiro público somados com a falta de investimentos concretos para uma melhor qualidade de vida dos munícipes criou nos moradores de Rio das Ostras, um sentimento de revolta que foi inflamado pelas manifestações que aconteceram em várias partes do Brasil.
Reivindicações como maiores investimentos em saúde, segurança e Educação e o fim do monopólio da empresa 1001 na região, foram as principais cobranças feitas pelos manifestantes.
“O Preço da passagem de ônibus em nossa região, é um dos mais caros do país e isso acontece devido ao monopólio erguido pela empresa 1001. Antes havia uma concorrência entre a Macaense e a 1001, mas com a compra da Macaense pela 1001, ficou instalado o monopólio. O transporte público em todo o país tem tido o foco principal invertido , onde o lucro tornou-se prioridade e o serviço público ficou deixado de lado” afirmou o estudante de Direito Rafael Macedo- 22 anos.
Já o estudante de comunicação social Fernando Ribeiro, afirmou que os últimos investimentos feitos em Rio das Ostras, foram irresponsáveis e não trouxeram crescimento para a cidade.
“Temos visto em Rio das Ostras, uma irresponsabilidade na gestão dos investimentos públicos. A População cresceu e os nossos governantes não prepararam a cidade para esse crescimento e o resultado tem sido esse colapso nos serviços públicos como falta de médicos e infraestrutura no pronto socorro, falta de policiais militares e o aumento da violência” afirmou Fernando. 
No ano de 2007, a prefeitura de Rio das Ostras contraiu uma dívida bilionária ao adotar a PPP- Parceria Pública Privada, que envolveu governo federal e a empresa Odebrecht, para a realização de obras de saneamento no município. Todo mês, é descontada dos cofres públicos municipais, uma parcela de mais de sete milhões de reais, referentes ao pagamento desse contrato, cujas obras ninguém sabe apontar a eficácia e o que trouxe de concreto para o município, que foi um dos poucos que adotaram esse sistema do governo federal.
Em 2012, nos últimos meses de governo da gestão passada, foram criadas quatro secretarias que custaram aos cofres públicos somente em salários quase um milhão de reais.
Em contra partida a essa evasão de dinheiro público que aconteceu nos últimos anos, o pronto socorro de Rio das Ostras trabalha com a mesma infraestrutura de quando a cidade tinha 45 mil habitantes. A política de segurança pública aplicada em nosso município, também tem sido o alvo das reclamações. O Policiamento em Rio das Ostras, até três meses atrás, antes de um aumento no efetivo dos policiais militares era ineficiente e despreparado para atender as demandas de um município em crescimento pleno.

O atual prefeito Alcebíades Sabino, completa na próxima semana, seis meses de governo e terá pela frente um desafio ainda maior em seu mandato. Além da tarefa de equilibrar as contas e os gastos desnecessários dos últimos anos, terá também o desafio de atender as vozes das ruas, fazendo investimentos concretos que vão de acordo com os anseios da população como a construção de um novo pronto socorro e um novo hospital, a duplicação da RJ-106 no trecho que liga o município até Macaé, contratação de médicos e enfermeiros além de dar uma estrutura de qualidade para que desempenhem a sua função com excelência. Alguns desses desafios deveriam envolver a participação do governo do Estado, mas infelizmente, Rio das Ostras e a maioria dos municípios do interior vêm sido abandonados pelo governo do PMDB, principalmente no que diz respeito à segurança pública. Com a criação das Unidades de Polícia Pacificadora que atua nas comunidades da cidade do Rio de Janeiro, a política de segurança do Estado, ficou centralizada na capital, deixando o interior desprotegido e vulnerável à migração de marginais.

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