Moradores reclamam de ameaças e assaltos a residências e ao comércio do bairro

"Este ver adolescentes em situações como esta". Assim é definido o cenário vivido por moradores do bairro Âncora, em Rio das Ostras. Segundo eles, adolescenotes com idade entre 11 e 17 anos estariam todos os dias vendendo e consumindo drogas em frente ao Posto de Saúde da Família, onde também tem uma praça em que várias crianças brincam. Além disso, os garotos assaltam residências, comércios e costumam intimidar pessoas que passam por eles. Ainda de acordo com moradores, não há policiamento frequente no bairro.
"Este ver adolescentes em situações como esta". Assim é definido o cenário vivido por moradores do bairro Âncora, em Rio das Ostras. Segundo eles, adolescenotes com idade entre 11 e 17 anos estariam todos os dias vendendo e consumindo drogas em frente ao Posto de Saúde da Família, onde também tem uma praça em que várias crianças brincam. Além disso, os garotos assaltam residências, comércios e costumam intimidar pessoas que passam por eles. Ainda de acordo com moradores, não há policiamento frequente no bairro.
Uma moradora conta que os adolescentes ficam parados próximo a praça, que fica em frente ao posto de saúde, ou sentados em um banco na beira de um rio. A moradora diz que tem muita gente estranha no bairro e acredita que alguém coloca esses adolescentes para vender drogas. "Alguns, conheço desde criança, e não faziam essas coisas. Às vezes, a polícia passa por eles, mas não faz nada. A população aqui se sente intimidada. Quando saio para trabalhar tranco bem o portão, porque eles olham quem entra e quem sai e ficam encarando. Não dá para confiar. A polícia tem que tomar uma atitude", desabafa a moradora, que conta ainda que há três meses uma jovem foi estuprada por cinco meninos próximo ao local, quando voltava do trabalho. A vítima nem mora mais na localidade.
Outro morador, que é comerciante, diz que costuma fechar sua loja mais cedo por causa dos assaltos. De acordo com ele, somente um dos comerciantes locais já foi assaltado três vezes. "A praça é ponto de venda de drogas. Aqui está muito perigoso e não adianta reclamar porque eles fazem ameaças aos moradores. Não tem policiamento frequente. Não são só os adolescentes que atuam, tem gente grande nesse meio também", ressalta.
O comandante da 3ª Cia da Polícia Militar de Rio das Ostras, capitão Júlio, afirma que não recebeu ligações sobre esse tipo de problema no bairro. Ele diz que não adianta só fazer patrulhamento. As pessoas precisam colaborar fazendo denúncias. Ele explica que há uma grande incidência de tráfico no Âncora, mas que a polícia precisa de informações para agir. "Esta semana, começamos uma série de operações em diversos bairros de Rio das Ostras e vamos incluir essa área, aumentando o patrulhamento para combater este tipo de crime", declara.
Em relação ao caso de estupro, o capitão diz que, provavelmente, a vítima não deve ter registrado o fato na delegacia porque a polícia não tomou conhecimento dessa ocorrência. "Casos graves como esse tem que registrar, denunciar, para que a polícia possa agir e tomar as providências necessárias", acrescenta. Ele informou ainda que existe patrulhamento no bairro, mas que especificamente nesta área ele será intensificado.
Um morador ainda conta que, diariamente, os meninos soltam fogos num morro próximo, sempre depois das 17h. Ele chegou a arrancar o banco onde os adolescentes ficavam sentados. "Eles até gritam para anunciar a droga como se fosse brincadeira. É triste assistir essa situação". E mais um morador acrescenta: "Nem o Conselho Tutelar dá jeito. Infelizmente, a gente tem que ser cego, surdo e mudo".
De acordo com a conselheira tutelar de Rio das Ostras, Érica Santos, este tipo de situação é de competência da polícia, mesmo que o Conselho receba denúncias. "O que fazemos é encaminhar o caso a polícia, a não ser que a família ou o próprio adolescente peça algum tipo de orientação", esclarece.
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